quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ead, bom ou ruim ...


Palavras do reitor da UAL, sobre o ensino a distância ...

http://autonoma.pt/pt/reitor.asp?det=16007&id=2968&section=/universidade_autonoma/Noticias&title=Cursos-online-vs-cursos-presenciais



Cursos online vs cursos presenciais - Reitor - A Autónoma

Curiosamente, recebi do Prof. Doutor Reginaldo de Almeida uma sugestão de leitura de fim de semana (https://agenda.weforum.org/2015/01/three-forces-shaping-the-university-of-the-future/), que aconselho todos a ler, da autoria da Presidente da Harvard University, da qual se pode inferir, sem grandes hipóteses de erro, que a autora considera que os cursos online não são substitutos integrais dos cursos presenciais.

Atente-se nesta transcrição (em inglês, para não trair as ideias da autora): "Higher education lifts people up. It gives them a perspective on the meaning and purpose of their lives that they may not have developed otherwise. Is it possible to quantify this experience, to communicate its value through a set of data? No.” Este "No” ligado a outra parte do texto em que, na análise comparativa dos cursos online, a autora afirmava claramente que (essas análises) "underscore the power of proximity”, aliado ao facto ainda de tal texto se inscrever no contexto do World Economic Forum de Davos, suscitou, online, comentários de que a autora estava a defender o elitismo e as "networks” dos poderosos de Davos e os cursos de Harvard que, segundo um dos comentários, custaria 100.000 USD/ano. E vinham, também, vários comentários dizendo que é graças à Internet que podem aprender, porque de outro modo não teriam acesso ao conhecimento.

No momento em que estamos debruçados sobre como usar as novas tecnologias no ensino/aprendizagem, estas posições levam nos a pensar como estamos enviesados pelos nossos preconceitos. Dizer que a proximidade tem valor e que nem tudo pode ser transmitido através de "bits” quer dizer que os cursos online não são relevantes?

Para quê os programas Erasmus e outros? Para quê aulas, encontros e conferências? Isto para já não falar da complicada questão da certificação dos conhecimentos.

Também aqui não vamos deixar-nos capturar!

Na minha última “palavra” abordava o problema de a Universidade poder estar a ser “capturada” por algo ou alguém, destruindo assim o conceito de universalidade implícito no conceito Universidade.

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